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DMS 221/21

21 de setembro de 2021

AOS MÉDICOS COOPERADOS 

Ref.: Risco de desabastecimento de Imunoglobulina

Prezados(as) cooperado(as),

 

A UNIMED CAMPINAS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, relembra os seus médicos cooperados que, com a chegada da pandemia de COVID-19 no início de 2020, o Governo Federal decretou estado de emergência na saúde pública do país. Já, naquela época, autoridades alertaram para o risco de escassez de equipamentos de proteção individual, materiais hospitalares e medicamentos, devido ao aumento do consumo mundial.

 

Neste momento enfrentamos um dos maiores desafios causados pela pandemia, qual seja, o risco mundial de desabastecimento de imunoglobulinas, agente imunizante passivo usado para tratar imunodeficiências primárias, que são defeitos genéticos em algum setor do sistema imunológico, conforme definição da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, bem como outras diversas doenças.

 

Recentemente, as causas que justificam o desabastecimento de imunoglobulina são o uso para tratar complicações decorrentes da COVID-19 que carece de evidência robusta de literatura, assim como, de protocolos validados para sua utilização, devido ao aumento dos casos de doença inflamatória sistêmica pós-covid e a queda das doações de sangue em razão da pandemia. 

 

Com o aumento do consumo e o desabastecimento mundial, consequentemente, a quantidade disponível para importação não está sendo suficiente para abastecer o mercado interno, ressaltando que cem por cento do produto consumido no Brasil decorre de importações, haja vista, não ser ele produzido no país.

 

A Unimed Campinas, atenta ao cenário nacional e internacional da falta de imunoglobulinas, vem buscando, incansavelmente, alternativas técnicas e comerciais para assegurar o acesso da medicação aos seus beneficiários. 

 

Neste sentido, solicita aos seus cooperados, a exemplo de outras agências regulatórias internacionais de saúde, que estejam atentos ao uso racional da imunoglobulina, indicando-a somente para pacientes cujas patologias tenham nível de evidência para sua utilização, e verifiquem a possibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas para o tratamento das demais patologias. 
 

Nos casos em que houver possibilidade, solicita-se que seja considerada a troca da apresentação endovenosa da imunoglobulina para sua apresentação subcutânea. 

 

Ainda, solicita que seja considerada, nos casos mais leves de patologias e onde houver possibilidade, a fim de que não haja maior risco de desabastecimento e comprometimento terapêutico, ajustes de doses e de intervalo de aplicações.

 

Acredita-se que ações conjuntas da Cooperativa e seus Cooperados, poderão amenizar os impactos da falta de imunoglobulinas até a regularização de sua produção e distribuição mundial.

 

Contando com a especial colaboração de todos, subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

Dr. Antonio Cláudio Guedes Chrispim

Diretor Médico-Social

Dr. Luiz Gonzaga Massari Filho

Diretor da Área Hospitalar e Serviços Credenciados

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